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Alguém lucrou bilhões apostando contra o Real. Mas... como sabia?

  • Foto do escritor: Giovana Cáceres
    Giovana Cáceres
  • 24 de jul.
  • 2 min de leitura
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Na última semana, uma movimentação bilionária no mercado de câmbio brasileiro levantou suspeitas graves. Na data do anuncio da então carta enviada ao Brasil dia 09/07 informando a taxação de 50%, alguém comprou entre 3 e 4 bilhões de dólares às 13:30 do mesmo dia, apostando na desvalorização do real um movimento tão certeiro quanto suspeito.


Segundo o especialista em mercado financeiro conhecido como Space Hakman, que atua acompanhando o mercado em tempo real para obter lucros para seus clientes, afirma: “esse tipo de salto brusco no câmbio (como o que aconteceu naquele momento) só pode ter sido causado por alguém com informação privilegiada.“


O dólar naquele momento, estava a R$ 5,46. Pouco depois da divulgação da carta do presidente Donald Trump, o dólar foi vendido a R$ 5,60. Uma diferença aparentemente pequena, mas que, com esse volume de transação, representa bilhões em lucro em apenas em minutos. A pergunta que não quer calar: como alguém teve tanta certeza de que uma política anunciada ali à tarde desvalorizaria o real?


A carta do governo Estados Unidos, que criticava o Brasil e informava a taxação, chegou a tempo de causar impacto. O problema é que a aposta bilionária foi feita antes da publicação da carta, indicando que alguém já sabia o conteúdo e se preparou para lucrar.


E esse não é um caso isolado. Durante o governo Trump, episódios parecidos ocorreram antes de anúncios de tarifas contra África do Sul, União Europeia, México e Canadá. Sempre o mesmo padrão: Alguém fazia apostas gigantescas minutos antes das declarações oficiais e lucrava muito. Em um dos casos, bilionários lucraram mais de 3 bilhões de dólares com movimentos oportunos.


Nos EUA, parlamentares da oposição (principalmente democratas) já levantaram suspeitas de que pessoas próximas ao poder estão usando informações privilegiadas para enriquecer no mercado financeiro. Apesar dos pedidos de investigação, as agências responsáveis como o Departamento de Justiça e a SEC têm pouca autonomia quando o suspeito está dentro do próprio governo.


E no Brasil? Aqui, o uso de informações privilegiadas para movimentações financeiras é crime, segundo a Lei nº 6.385/76. Mas, na prática, é muito difícil identificar quem está por trás dessas operações, principalmente quando elas são feitas de forma anônima, por grandes instituições ou investidores estrangeiros. A AGU peticionou no Supremo Tribunal Federal no âmbito do inquérito 4995/DF que seja investigada a possível correlação por uso indevido do sistema financeiro. 


 O professor Paul Johnson  e diretor do centro de analise e segurança global da Fordham U

niversity, em entrevista à imprensa nacional, afirmou que a chance da investigação ir para frente sobre esse caso é mínima especialmente se o envolvido estiver dentro do Congresso ou próximo a autoridades. Afinal, quem deveria investigar é o mesmo sistema que protege.


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