Brasil na Mira: União Européia e OTAN preparam sanções contra o país
- Giovana Cáceres

- 18 de jul.
- 2 min de leitura
Nova crise diplomática pode isolar o Brasil dos maiores mercados do mundo e comprometer a economia nacional.

A União Europeia aprovou nesta semana um novo e robusto pacote de sanções contra a Rússia o maior desde o início da guerra contra a Ucrânia. E o impacto pode chegar ao Brasil. Isso porque, devido às alianças recentes do governo Lula com países como Irã, Venezuela e o próprio regime russo, há indicativos de que o país poderá ser incluído no escopo dessas sanções.
Fontes dos Estados Unidos confirmaram que a OTAN também deve aplicar sanções econômicas relacionadas ao setor energético, o que poderia atingir diretamente o Brasil, caso o governo brasileiro siga cooperando com os países-alvo do Ocidente. A expectativa é de que, na próxima segunda-feira, a extensão dessas punições seja revelada oficialmente.
Além da taxação de 50% já discutida pelos Estados Unidos, novas sanções da União Europeia podem somar mais 100% sobre produtos brasileiros, o que colocaria o país em risco de perder acesso aos dois maiores mercados em poder aquisitivo do planeta: EUA e Europa. Isso comprometeria as exportações e o equilíbrio comercial brasileiro.
“Se perdermos esses mercados, o Brasil não tem mais para quem vender. Não adianta exportar para aliados ideológicos se eles não têm capacidade de compra”, avalia uma fonte próxima ao setor de comércio exterior.
A situação se agrava com o cenário interno. A Petrobras, que há dois anos era referência de lucro, hoje opera com prejuízo. O governo atual recebeu a estatal com superávit e está entregando déficits crescentes. Uma eventual paralisação das compras russas causaria um impacto direto na cadeia de energia, e o país não tem infraestrutura preparada para substituir rapidamente essas fontes.
Com a política externa atual, o Brasil tem se aproximado de regimes autoritários e se distanciado das democracias ocidentais. Isso gera insegurança não apenas para investidores, mas também para as forças armadas e a imagem do país no cenário internacional. A aproximação com o Irã, com o regime sandinista da Nicarágua e com aliados do eixo autoritário preocupa as potências do Ocidente.
Desde a carta pública de Donald Trump, enviada na semana passada, cresce a pressão internacional sobre o governo Lula e seus vínculos ideológicos. Além disso, questões internas como o avanço do narcotráfico, a atuação de organizações criminosas e o enfraquecimento institucional do país têm elevado a tensão diplomática.
O governo tenta sustentar a narrativa de que tudo isso é uma questão de soberania nacional. Mas o que está em jogo é muito mais profundo: é o isolamento do Brasil, a quebra de relações comerciais vitais e o comprometimento de nossa economia.
Se o Brasil continuar agindo como está, o cenário tende a se agravar ainda mais
e rapidamente.




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