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Crise financeira na Santa Casa leva profissionais à paralisação por atraso no 13º salário.

  • Foto do escritor: Giovana Cáceres
    Giovana Cáceres
  • há 10 horas
  • 2 min de leitura

Enfermeiros e funcionários administrativos protestam contra parcelamento do abono natalino, enquanto médicos avaliam medidas judiciais e impacto no atendimento.


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Desde as primeiras horas desta segunda-feira (22), enfermeiros e profissionais do setor administrativo da Santa Casa de Campo Grande iniciaram uma paralisação em protesto contra o não pagamento do 13º salário, que deveria ter sido quitado integralmente em dezembro.


A mobilização teve início no saguão da unidade hospitalar e reflete a insatisfação dos trabalhadores diante da falta de garantias concretas sobre o recebimento do benefício.


A paralisação ocorreu após a administração do hospital comunicar, na última sexta-feira (19), que não possui recursos para realizar o pagamento imediato do abono natalino.


Como alternativa, foi apresentada a proposta de parcelamento do valor em três vezes, com vencimentos previstos para os dias 25 de janeiro, fevereiro e março de 2026.


A sugestão foi rejeitada por parte significativa dos funcionários, que afirmam enfrentar dificuldades financeiras e ressaltam que o 13º salário é um direito assegurado por lei.


Com a redução do efetivo em atividade, a expectativa é de que haja impacto na rotina do hospital ao longo do dia, principalmente nos setores que dependem de maior número de profissionais.


Ainda assim, os trabalhadores destacam que a decisão de paralisar as atividades foi tomada após sucessivas tentativas de diálogo e diante da recorrência de atrasos nos pagamentos.


A direção da Santa Casa justifica a medida alegando uma situação financeira considerada crítica.


Segundo documentos internos, o hospital enfrenta desequilíbrio econômico-financeiro há pelo menos três anos, atribuído à defasagem nos repasses públicos e às dificuldades para manter contratos compatíveis com os custos operacionais da instituição.

O cenário também mobilizou o corpo clínico.


O Sindicato dos Médicos de Mato Grosso do Sul informou que acompanha o caso e convocou uma assembleia para avaliar os próximos passos.


A entidade já recorreu ao Poder Judiciário na tentativa de garantir o pagamento dos valores devidos aos profissionais.


Apesar da paralisação, a Santa Casa informou que manterá a escala mínima exigida por lei, assegurando o funcionamento dos serviços essenciais de urgência e emergência.


A crise, no entanto, reacende o debate sobre a sustentabilidade financeira do principal hospital filantrópico de Mato Grosso do Sul e os impactos diretos dessa instabilidade sobre trabalhadores e pacientes.


 
 
 

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