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Maioria dos brasileiros sente vergonha do STF, diz Datafolha

  • Foto do escritor: Giovana Cáceres
    Giovana Cáceres
  • 30 de jun.
  • 2 min de leitura

Pesquisa revela que o brasileiro anda cada vez mais distante das decisões que vêm de cima. Desconfiança, cansaço e pouca representatividade marcam o sentimento popular.

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Não é de hoje que o brasileiro olha para Brasília com desconfiança. Mas uma nova pesquisa do Instituto Datafolha escancarou esse sentimento: 58% das pessoas disseram sentir mais vergonha do que orgulho do STF (Supremo Tribunal Federal), a maior instância da Justiça no país.


A pesquisa, divulgada neste mês de junho, ouviu mais de 2 mil pessoas em 135 cidades e também perguntou sobre outras instituições. 56% disseram ter vergonha do presidente Lula. Quando o assunto é a Câmara dos Deputados, 58% também não se sentem representados. E no caso do Senado, o número sobe para 59%.

Em resumo: o povo anda cansado. E com razão.


Na rua, no ônibus, nas redes sociais... o que se ouve é um

grito engasgado de quem sente que não está sendo escutado. É a sensação de ver decisões sendo tomadas lá de cima, enquanto aqui embaixo, a vida real segue dura. E cada vez mais distante daquele mundo de paletó, voto simbólico e discursos ensaiados.


É como se o brasileiro olhasse para os três poderes e pensasse: “Não é sobre mim. Eles não falam a minha língua.”

Durante uma sessão no STF, a ministra

Cármen Lúcia fez uma declaração que rodou as redes:


“Censura é proibida constitucionalmente, eticamente, moralmente, e eu diria até espiritualmente. Mas também não se pode permitir que estejamos numa agora em que haja 213 milhões de pequenos tiranos soberanos.”



A fala dividiu opiniões. Para muita gente, soou como um puxão de orelha geral, como se todo cidadão brasileiro mesm

o o que apenas quer ser ouvido fosse um “tiraninho” digital. Mas e o povo, quando tem algo a dizer, vai falar com quem?

Não é só estatística. É sentimento. É gente de verdade.

Quando mais da metade do país sente vergonha dos seus líderes, o problema não é de imagem é de representatividade.


A política virou uma língua difícil. O Judiciário, um campo técnico e distante. E a democracia, cada vez mais parecendo um palco onde poucos têm fala e muitos só assistem.

O Brasil de 2025 está pedindo algo simples: respeito, clareza e escuta.

Quando a política fica longe demais, o povo se afasta.

Mas o que a pesquisa mostra é que o brasileiro ainda está prestando atenção mesmo cansado, mesmo frustrado. E isso, por si só, já é uma esperança.

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