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Prisão, pressão e fraude: o que há por trás do caso Felipe Martins

  • Foto do escritor: Giovana Cáceres
    Giovana Cáceres
  • 9 de jul.
  • 2 min de leitura

Com provas ignoradas e fraude internacional sob investigação, o nome do responsável já chegou a Donald Trump.


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Com a entrada do advogado Jeffrey Chiquini — conhecido por atuar em casos polêmicos contra o STF a defesa de Felipe Martins passou a apontar irregularidades processuais, omissão de provas e uma possível fraude internacional.


Felipe Martins, ex-assessor para Assuntos Internacionais do ex-presidente Jair Bolsonaro, foi preso em 2023, acusado de envolvimento em uma tentativa de golpe relacionada aos atos de 8 de janeiro.


A prisão ocorreu após uma alegação de que ele teria fugido do país.

No entanto, segundo a defesa, Felipe nunca deixou o Brasil. O que aconteceu foi uma fraude: terceiros teriam forjado documentos e inserido dados falsos no sistema de migração norte-americano para simular uma fuga e assim incriminar injustamente.


Para comprovar que permaneceu no Brasil, a defesa apresentou registros de Uber, movimentações de cartão de crédito, dados de geolocalização e uso de celular nos dias citados pela acusação. A suspeita é que a inserção dos dados falsos tenha sido feita por alguém com laços familiares com autoridades brasileiras.


Durante o tempo em que esteve preso, Felipe Martins passou 10 dias na solitária, em cela escura,

uma prática ilegal segundo a Constituição brasileira. Segundo o advogado, o objetivo era pressionar a aceitar uma delação premiada. Mesmo com forte pressão psicológica e isolamento, ele não cedeu à coação.


De acordo com Chiquini, Felipe preferiu manter a verdade, mesmo diante da adversidade, resistindo à tentativa de forçá-lo a ir contra Jair Bolsonaro.


Após sua liberação, Felipe Martins continua sendo processado com base na alegação de que participou de três reuniões citadas por Mauro Cid em delação. No entanto, foi comprovado que o próprio delator não esteve presente nesses encontros, o que compromete a credibilidade da acusação. A defesa também afirma que Mauro Cid só teria citado Felipe após não resistir à pressão e à tortura durante o período em que esteve preso.


A defesa apresentou ainda um documento técnico essencial: o relatório de geolocalização do celular, conhecido como Herpe, emitido pela operadora TIM. Esse tipo de prova costuma ser entregue à Justiça em até cinco dias úteis. No entanto, a defesa afirma aguardar há mais de um ano pela liberação oficial, mesmo sabendo que a TIM entregou os dados à Procuradoria-Geral da República em 2023.


Segundo o advogado, o caso está sendo conduzido com base em omissões, contradições e provas ocultadas, o que pode representar um dos maiores erros judiciais da história recente do país.


Nos Estados Unidos, a doutora Ana Bárbara Schaffer conduz uma investigação sobre a fraude no sistema migratório. O nome do responsável pela inserção dos dados falsos já foi identificado, tem ligação com um político brasileiro e, segundo a defesa, já é de conhecimento do presidente Donald Trump.

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