STF impõe novas restrições a Bolsonaro e julgamento pode levá-lo à prisão definitiva

Medidas cautelares aplicadas por Alexandre de Moraes reforçam clima de tensão institucional e abrem caminho para uma possível condenação.

As novas medidas impostas pelo ministro Alexandre de Moraes ao ex-presidente Jair Bolsonaro  foram usar tornozeleira eletrônica e ficar em casa das 19:00 as 7:00, proibição de contato com outros investigados, e com o seu próprio filho, bloqueio nas redes sociais e também de falar com Diplomatas e embaixadores internacionais, geraram fortes reações entre seus aliados, que enxergam a decisão como uma forma disfarçada de prisão domiciliar.

Essas ações fazem parte do avanço do julgamento do chamado “Núcleo 1”, investigação que aponta Bolsonaro como líder de uma tentativa de golpe de Estado. Se condenado, ele pode pegar até 43 anos de prisão. A decisão deve sair nos próximos dias. Se houver consenso entre os ministros da Primeira Turma do STF, o caso se encerra rapidamente. Se houver divergências, será levado ao Plenário, o que pode atrasar o desfecho.

Em declaração, o ex- presidente cita " É uma humilhação,  não tem nada de concreto contra mim; ficam o tempo todo me fustigando.“

Entre apoiadores do ex-presidente, cresce a sensação de que o Judiciário está extrapolando seus limites, usando a Lei do Estado Democrático de Direito de forma seletiva contra lideranças conservadoras. O Congresso, por outro lado, segue em silêncio, sem reagir ou conter os avanços das decisões judiciais em meio ao recesso parlamentar  .

Nos bastidores, fala-se até em punições no âmbito militar: se condenado pela Justiça Militar, Bolsonaro pode perder a patente de capitão e sua aposentadoria. O ex-presidente tenta se fortalecer com apoio internacional, mas não há sinais de que isso influencie as decisões do STF.

Hoje o presidente Donald Trump que sempre está se posicionando fez silêncio. Porém já se acende o alerta com a declaração de início de retalhação

vindo da casa branca por meio das redes sociais, o secretário de estado Marco Rúbio, anunciou a revogação do visto de Alexandre de Moraes, familiares e aliados com efeito imediato.

O momento é crítico. O avanço da judicialização da política e a falta de reação institucional geram incertezas sobre o futuro da democracia no Brasil.

O temor corre entre cientistas políticos, se fala em uma "ditadura" que cada vez mais está claro que tudo se pode na nova diretriz quando se tem um inimigo . Essa perseguição politica está sendo refletida na economia. Em meio a tantas tensões, o país caminha para 2026 mais polarizado e fragilizado institucionalmente.

Até onde vai a tolerância da sociedade com o desequilíbrio entre os poderes?