Campo Grande inicia operação inédita para remover fios irregulares e reorganizar a rede aérea do Centro.
- Giovana Cáceres

- 24 de nov.
- 3 min de leitura
Ação reúne Prefeitura, AGEMS e Energisa em um mutirão noturno que busca segurança, limpeza visual e padronização urbana; operação poderá se expandir para toda a cidade.

A Prefeitura de Campo Grande, em parceria com a Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos (AGEMS) e a Energisa, dará início a uma operação inédita para remover fios soltos, clandestinos e irregulares que oferecem riscos à segurança, prejudicam a mobilidade e comprometem a estética da região central da Capital.
A iniciativa integra o Projeto Rede Limpa, que inaugura um modelo de cooperação entre órgãos públicos e concessionárias.
A ação começa às 22h do dia 26 de novembro, horário estabelecido para evitar impacto no trânsito e no fluxo de pedestres.
O trabalho abrangerá o quadrilátero formado pelas avenidas Mato Grosso, 13 de Maio, Afonso Pena e Calógeras, além de vias internas como 14 de Julho, Antônio Maria Coelho, Maracaju, Marechal Rondon, Dom Aquino e Barão do Rio Branco.
Um Grupo de Trabalho coordenará todo o processo, desde o mapeamento dos cabos até a execução das remoções.
Participam AGEMS, Prefeitura de Campo Grande por meio da Secretaria Especial de Articulação Regional (SEAR), Defesa Civil, Semades, Agetran, Energisa e outros órgãos técnicos.
Com o passar dos anos, diversas empresas de telecomunicação instalaram cabos sem identificação ou sem regularização, gerando sobrecarga nos postes, riscos elétricos, acidentes, falhas de internet e prejuízo visual à área central.
A retirada desses fios é considerada essencial para revitalizar o Centro e aumentar a segurança, especialmente no período de maior circulação de pessoas durante o fim do ano.
O Rede Limpa não é apenas uma operação técnica: ele representa um novo formato de governança colaborativa, que une regulação, município e concessionária para modernizar a infraestrutura urbana.
A AGEMS será responsável pela fiscalização e pelo controle técnico da operação. Segundo o diretor-presidente da agência, Carlos Alberto de Assis, a iniciativa resolve um problema histórico: Quando somamos esforços, os maiores beneficiados são os cidadãos.
O objetivo é garantir serviços públicos mais eficientes e seguros, mostrando que a regulação, integrada ao município e à concessionária, entrega resultados concretos.
A Energisa executará a retirada dos cabos. Serão removidos fios clandestinos, partidos, abandonados ou sem identificação.
Apenas fibras ópticas identificadas e regulares permanecerão instaladas.
Já a SEAR coordena a articulação institucional, definição de horários e comunicação com a população.
O secretário Darci Caldo destaca que a população reclama dos fios soltos há anos, principalmente por causarem riscos a motociclistas e pedestres. Além disso, prejudicam a estética da cidade, especialmente em período natalino.
A Semades atuará no ordenamento urbano e no acompanhamento técnico para garantir um padrão mais seguro e visualmente organizado.
O secretário Ademar Silva Júnior afirma que comerciantes e moradores aguardam há anos essa intervenção, já que a fiação irregular afeta tanto a imagem do Centro quanto a qualidade dos serviços de internet.
Após a retirada dos fios, equipes de segurança farão rondas preventivas para evitar novas ligações clandestinas.
A operação não será pontual: o objetivo é transformar o Projeto Rede Limpa em uma estratégia permanente de organização da rede aérea, com possibilidade de ampliação para outros bairros de Campo Grande e até para municípios do Estado.
A limpeza da rede aérea também prepara o Centro para outros projetos de revitalização urbana previstos pela Prefeitura, incluindo iluminação temática, fortalecimento do comércio local, ações de segurança e melhoria do fluxo de pedestres.
A expectativa é que a operação sirva como piloto para um novo padrão de infraestrutura, que alinhe segurança, modernização e valorização do espaço público.




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