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Eu te desafio! Sim, você mesmo!

  • Foto do escritor:  Eric Rudhiery Albuquerque
    Eric Rudhiery Albuquerque
  • 6 de jul.
  • 3 min de leitura

Esse fim de semana eu estava completamente sem assunto para escrever nessa coluna.


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Pensei em política, atualidades, filosofia e até futebol (eu nem gosto de futebol); e nada parecia fazer sentido. Foi aí que lembrei de algumas mensagens que recebi sobre as colunas anteriores. Amigos dizendo que se identificaram, que se emocionaram, que leram e par

aram para pensar. Isso me fez perceber algo: o que toca as pessoas, geralmente, é o que me toca também.


E então, nesse domingo, me veio à mente o tema: amizade distante.

Não o amor romântico, nem o companheirismo conjugal, mas aquela amizade que o tempo esfriou, mas que o coração ainda lembra com carinho.


Você já reparou como a vida nos empurra para a pressa? A gente vai acumulando compromissos, responsabilidades, boletos infinitos, metas do trabalho... e, sem perceber, vamos deixando pessoas queridas pelo caminho. Não por falta de afeto, mas por falta de tempo.


Ou melhor: por falta de tempo que decidimos não criar (é isso mesmo).


Essa semana, no trabalho, encontrei um antigo amigo. Não éramos íntimos, nunca saímos juntos, nem tomamos um tereré; mas estudamos na mesma sala, e isso já foi suficiente pra uma conversa rápida, mas cheia de vida. Foi bom. Verdadeiramente bom.


E fiquei com essa sensação: como tem gente incrível que passou por nós e a gente só percebe a falta quando é tarde demais...

Quantas conversas boas deixamos de ter? Quantos cafés nunca marcados? Quantas mensagens que quase foram enviadas e logo a seguir apagadas.


Ao longo da minha vida, conheci pessoas que carregam mundos inteiros dentro de si. Algumas ficaram anos ao meu lado, outras apenas alguns dias. Algumas conheci nas faculdades que cursei, outras em empregos, outras em salas de igreja ou em momentos aleatórios da vida.

E o mais curioso é que, em todos esses encontros, mesmo os breves, algo em mim mudou.

Porque amizade, quando é verdadeira, nunca é pequena. Mesmo quando é curta.


Agora, deixa eu te fazer uma pergunta:

quem você lembrou enquanto lia esse texto?

Talvez um amigo de infância, um colega que foi embora da cidade, um ex-companheiro de estudos ou de fé. Talvez alguém com quem você teve uma conexão inexplicável e que, por motivos da vida, se afastou.


A vida adulta nos engana. Faz parecer que não há mais espaço para o afeto simples. Faz parecer que reencontrar alguém é luxo, quando na verdade é necessidade humana.

A gente precisa ser lembrado. Precisa ser procurado.

E também precisa fazer isso pelos outros.


Por isso, aqui vai o meu convite, e não é só pra você, é pra mim também:

Vamos mandar uma mensagem essa semana para quem nos faz falta?

Não precisa de grandes palavras. Basta um ''Ei, lembrei de você”. Ou um “vamos tomar um café ainda esse ano?'' (sim, tem que ser esse ano). Temos seis meses até dezembro. Dá tempo.


Para conseguir a amizade de uma pessoa digna é preciso desenvolvermos em nós mesmos as qualidades que naquela admiramos. Sócrates.


Se você tiver meu número, me escreva. Me diga quem você reencontrou, ou pelo menos quem teve coragem de procurar.

Na próxima semana, quero escrever sobre isso.

Sobre reencontros que valem mais do que mil curtidas.

Sobre pessoas que o tempo tentou apagar, mas que a memória e o afeto, não deixaram morrer.

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