EUA retiram sanções da Lei Magnitsky contra Alexandre de Moraes após articulação diplomática entre Trump e Lula.
- Giovana Cáceres

- 12 de dez.
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Decisão encerra restrições financeiras e territoriais e reduz tensão da maior crise bilateral em mais de dois séculos.

Os Estados Unidos retiraram, na tarde desta sexta-feira (12), as sanções impostas pela Lei Magnitsky ao ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes e à advogada Viviane Barci de Moraes.
A medida encerra quase cinco meses de bloqueios financeiros e limitações de circulação que impediam o ministro de transitar em território norte-americano, manter propriedades, realizar negócios em dólar ou se relacionar com entidades americanas.
Também deixam de valer as punições ao Lex Instituto de Estudos Jurídicos Ltda., ligado à família do ministro.
A decisão vem após uma série de conversas entre o presidente Donald Trump e o presidente Lula, que incluiu entre suas principais demandas a retirada das sanções aplicadas a autoridades brasileiras.
A interlocução direta entre os dois chefes de Estado marcou um processo de reaproximação diplomática após meses de forte desgaste entre os países.
Moraes havia sido incluído na lista do Ofac em 30 de julho, sob acusação do governo Trump de violação de direitos humanos por sua atuação como relator no processo da trama golpista que resultou na condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro a mais de 27 anos de prisão.
Suas decisões sobre retirada de conteúdos de plataformas norte-americanas também contribuíram para a imposição das sanções.
A inclusão de Moraes na Lei Magnitsky desencadeou a maior crise bilateral entre Brasil e Estados Unidos em mais de 200 anos.
Com a retirada das sanções, abre-se espaço para a retomada de negociações econômicas e para o restabelecimento de um diálogo mais estável entre as duas nações.
Lula demonstrou confiança em novos avanços após sua última conversa com Trump, afirmando que “muita coisa vai acontecer”.
O presidente norte-americano, por sua vez, indicou que “muitas coisas boas” virão, sinalizando disposição para reconstruir pontes diplomáticas após meses de tensão acumulada.




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