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Inflação da Argentina recua e país registra sinais de recuperação sob Milei

  • Foto do escritor: Giovana Cáceres
    Giovana Cáceres
  • 20 de ago.
  • 2 min de leitura

Após anos de crise, ajuste fiscal e austeridade marcam queda histórica dos preços e reacendem otimismo na economia


Os preços na Argentina subiram 1,9% em julho, levemente acima do índice de junho, mas mantendo-se pelo terceiro mês consecutivo abaixo de 2%. No acumulado de 12 meses, a inflação alcançou 36,6%, segundo dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec).


O relatório aponta que os maiores aumentos ocorreram nos setores de lazer, transportes e restaurantes. No mesmo período, o peso argentino sofreu forte desvalorização frente ao dólar, a maior desde o início do governo de Javier Milei. Ainda assim, projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI) indicam que a inflação ao final de 2025 pode ficar significativamente abaixo do registrado no ano passado.


Entre janeiro e julho, a inflação foi de 17,3%, contra 87% no mesmo período de 2024. Em 2024, a Argentina encerrou o ano com uma taxa anual de 118%, já bem abaixo dos 211% registrados em 2023. O resultado foi considerado um marco para o país, que também alcançou o primeiro superávit fiscal desde 2010.


Milei, economista ultraliberal que assumiu a presidência em dezembro de 2023, implementou um duro plano de ajuste fiscal que inclui cortes de ministérios reduzindo de 18 para 8 ministros, demissões no setor público e paralisação de obras. O chamado “choque fiscal” tem sido apontado por analistas como fator decisivo para a desaceleração da inflação e o início de uma recuperação econômica.


Niall Ferguson Historiador econômico britânico cita em artigo ao analisar o governo Argentino "O pré requisito para um milagre econômico é um desastre econômico Javier Milei herdou esse desastre do seu antecessor uma moeda a beira da hiperinflação, uma economia em contramão, Argentina era um caso aparentemente incurável Niall enfatiza "Javier Milei fez em um ano o que Thatcher (Ex-primeira-ministra britânica 1979 a 1990) levou uma década para realizar ao governo."


Nas ruas de Buenos Aires e em cidades turísticas, o reflexo é perceptível. Restaurantes, bares e hotéis registram aumento de movimento, impulsionados pela confiança do mercado e pelo reaquecimento do turismo. Especialistas destacam que, embora o país ainda enfrenta desafios estruturais, a austeridade aplicada devolveu sinais de vitalidade à economia argentina em um curto espaço de tempo.

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