top of page

MS registra 37 feminicídios em 2025, e deputado apresenta projeto para combater violência digital contra mulheres.

  • Foto do escritor: Giovana Cáceres
    Giovana Cáceres
  • 26 de nov.
  • 2 min de leitura

Cruzes com nomes das vítimas marcaram o Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres; deputado Pedro Kemp apresenta projeto para enfrentar ataques e perseguições online.


ree

No Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres, celebrado nesta terça-feira (25), um protesto silencioso chamou a atenção em frente à Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul. No canteiro central da avenida, foram fincadas 37 cruzes com os nomes de mulheres vítimas de feminicídio em 2025, transformando o local em um memorial de denúncia e reflexão.


Durante a sessão, o deputado estadual Pedro Kemp (PT) manifestou apoio à ação e alertou para o avanço da violência de gênero no Estado, classificando o cenário como uma epidemia que atinge mulheres de todas as idades.


Segundo ele, a maioria dos crimes é cometida por companheiros, ex-parceiros ou familiares, revelando um quadro grave de machismo e misoginia ainda profundamente enraizado.


A data, instituída pela ONU em 1999, relembra o assassinato das irmãs dominicanas Pátria, Minerva e Maria Teresa, mortas em 1960 por resistirem à ditadura da República Dominicana. O episódio se tornou um símbolo mundial da luta contra a violência de gênero.


Durante a sessão, o deputado também apresentou um projeto de lei voltado ao combate da violência digital contra mulheres em Mato Grosso do Sul.


A iniciativa propõe ações de prevenção, campanhas educativas, capacitação de profissionais, criação de mecanismos de denúncia e diretrizes para a mídia no tratamento do tema.


O objetivo é enfrentar crimes como perseguição virtual, divulgação não autorizada de imagens íntimas, ameaças e discursos de ódio que se espalham rapidamente pelas redes sociais.


A proposta prevê ainda treinamento especializado para órgãos de segurança pública, seguindo padrões internacionais de atendimento e investigação, tratando a violência digital como uma questão de segurança, saúde pública e direitos humanos.


Na justificativa do projeto, o deputado ressalta que Mato Grosso do Sul está entre os estados com maior número de feminicídios no país.


Defende que políticas preventivas são essenciais, especialmente diante do crescimento de canais digitais que disseminam conteúdos misóginos e estimulam comportamentos violentos.


Um levantamento do Ministério das Mulheres apontou que, em 2024, mais de 100 mil vídeos com teor misógino circularam nas plataformas digitais brasileiras.


Até o dia 24 de novembro, o Estado registrou 37 feminicídios consumados em 2025.


As vítimas tinham idades entre 10 meses e 83 anos e os crimes ocorreram em diversos municípios, em grande parte cometidos por maridos, companheiros, ex-companheiros ou familiares próximos.


O protesto silencioso expôs de forma contundente que cada cruz representa uma vida perdida e reforça a urgência de políticas públicas capazes de proteger mulheres tanto no ambiente físico quanto no digital.


O projeto segue agora para análise na Assembleia Legislativa.

 
 
 

Comentários


bottom of page