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Prefeitura de Bonito restabelece salário de servidora presa na Águas Turvas e aumenta pressão por transparência.

  • Foto do escritor: Giovana Cáceres
    Giovana Cáceres
  • 27 de nov.
  • 2 min de leitura

Decisão de revogar suspensão de pagamento levanta dúvidas sobre prioridades da gestão e acende alerta em meio a denúncias de corrupção e novas cobranças à população.


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A Prefeitura de Bonito publicou, nesta terça-feira (25), a Portaria nº 914/2025-RH, restabelecendo o pagamento da servidora Luciane Cíntia Pazzete, que havia tido sua remuneração suspensa no início de novembro após ser presa durante a Operação Águas Turvas.


A operação, conduzida pelo GAECO, investiga suspeitas de fraudes em licitações e possíveis esquemas de corrupção envolvendo contratos públicos no município.


Luciane, que atuava como Assistente Administrativa da Secretaria Municipal de Administração e Finanças e chefiava o departamento de licitações, está no centro das investigações sobre desvios e manipulação de processos licitatórios.


Mesmo assim, a portaria assinada pelo prefeito Josmail Rodrigues revoga a penalidade e determina o restabelecimento imediato de seu salário.


A decisão se baseia no Parecer Jurídico nº 15/2025, cujo conteúdo não foi disponibilizado ao público.


A falta de divulgação reforça a sensação de opacidade em um caso que exige clareza absoluta, já que envolve possíveis danos ao erário e confiança na administração municipal.


Em um momento delicado, no qual Bonito enfrenta aumento de tributos, como a polêmica taxa ambiental que gerou insatisfação entre moradores e o trade turístico, a postura da Prefeitura parece contraditória.


A gestão reforça a cobrança sobre a população e o setor produtivo, mas demonstra flexibilidade ao beneficiar uma servidora que é justamente investigada por desviar recursos públicos.


O contraste entre rigor financeiro com o cidadão e leniência com investigados amplia a percepção de incoerência.


Para muitos moradores, a decisão sinaliza prioridades desalinhadas com o interesse público e com o momento crítico que o município atravessa.


A ausência de justificativas detalhadas para a revogação do corte salarial aumenta a desconfiança em relação ao Executivo.


Em uma cidade cuja economia depende diretamente de credibilidade, transparência e boa gestão, medidas como essa fragilizam ainda mais a confiança da população.


A Operação Águas Turvas já havia abalado a imagem da Prefeitura ao revelar possíveis esquemas envolvendo manipulação de licitações, superfaturamento e favorecimento indevido.


Agora, o restabelecimento do pagamento da servidora investigada adiciona um novo capítulo que pressiona a administração por explicações claras e decisões coerentes.


Enquanto isso, a população aguarda respostas e ações concretas que demonstrem compromisso real com a legalidade, o combate à corrupção e a proteção dos recursos públicos.


 
 
 

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