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Rio de Janeiro pede socorro: estado vive cenário de guerra enquanto governo federal ignora pedidos de ajuda

  • Foto do escritor: Giovana Cáceres
    Giovana Cáceres
  • 29 de out.
  • 2 min de leitura

Três ofícios de apoio logístico enviados ao Ministério da Justiça foram recusados; governador Cláudio Castro cobra ação imediata diante do avanço do crime organizado


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O Rio de Janeiro vive dias de caos e violência. Em meio a uma operação contra o tráfico, quatro policiais foram mortos, e o estado se vê em um verdadeiro cenário de guerra urbana. Enquanto isso, o governo estadual segue sem o apoio federal, mesmo após três pedidos formais de ajuda enviados ao Ministério da Justiça e Segurança Pública todos negados.


O governador Cláudio Castro expressou indignação diante da omissão de Brasília. Segundo ele, o estado está travando uma guerra que extrapola os limites da segurança pública e já deveria contar com o apoio das Forças Armadas.


“Essa é uma guerra que ultrapassa o que está na Constituição. O poder bélico do tráfico vem de armas internacionais e lavagem de dinheiro. O Rio está sozinho, e isso não é mais apenas uma responsabilidade estadual”, afirmou.


O secretário de Segurança Pública do estado reforçou o drama vivido nas comunidades cariocas. Ele descreveu becos impossíveis de patrulhar, casas construídas de forma irregular e o uso de drones lançando explosivos contra policiais e civis. “Essa é a realidade.

Vivemos um estado de guerra, e quem paga o preço é a população”, declarou.


Imagens recentes mostram drones sobrevoando favelas e lançando artefatos explosivos em áreas habitadas. A cena choca e evidencia a escalada da violência, que já ultrapassou qualquer limite aceitável.


A crítica recai também sobre o governo federal, acusado de se omitir diante da gravidade da situação. O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, ignorou os pedidos de apoio feitos pelo governador. Os documentos, enviados entre janeiro e abril deste ano, solicitavam a cooperação logística da Marinha do Brasil, com veículos blindados e operadores treinados para atuar em áreas de alto risco. Nenhum deles foi atendido.


“Se o governo federal tivesse agido, talvez vidas tivessem sido salvas. É revoltante ver o Rio pedir socorro e receber silêncio como resposta”, afirmou um parlamentar que acompanha o caso.


A ausência de resposta também reacende o debate sobre a centralização do poder de segurança nas mãos da União. Especialistas criticam a tentativa do governo federal de

limitar a autonomia dos estados por meio de um projeto que cria um “SUS da segurança pública”. Segundo opositores, a medida enfraquece os governadores e impede ações rápidas e efetivas em situações emergenciais como a do Rio.


Enquanto o governo federal permanece inerte, o Rio de Janeiro sangra. Policiais e moradores convivem com o medo diário, e a sensação é de abandono. Como afirmou o governador Cláudio Castro: “O Rio não está pedindo um favor, está pedindo socorro.”

 
 
 

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